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> Trabalhos de autor
O(A) autor(a) Dalgalarrondo, Paulo possui 6 documento(s) registrado(s).
Sintomas de conteúdo religioso em pacientes psiquiátricos
Dantas, Clarissa de Rosalmeida; Pavarin, Lilian Bianchi; Dalgalarrondo, Paulo [Artigo] Rev. Bras. Psiquiatr. 21(3): 158-164, TAB. 1999 Sep.
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INTRODUÇÃO: Vários trabalhos têm identificado a importância da religiosidade na vida pessoal, nas relações sociais, nas atitudes e representações relacionadas a saúde e doença, assim como na composição dos sintomas psiquiátricos. Poucos estudos empíricos em nosso meio têm investigado as relações entre religiosidade e perfil psicopatológico.
OBJETIVO: O presente trabalho visa avaliar fatores socioculturais e sintomas psicopatológicos gerais associados à presença e intensidade de sintomas com conteúdos religiosos ou místicos.
MÉTODO: Foram estudadas 200 internações consecutivas na unidade psiquiátrica da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). As escalas de avaliação de sintomas psicopatológicos foram: BPRS-forma expandida e o GAS, acrescentando-se um item referente a sintomas religiosos, o qual explicitamente solicitava ao avaliador que verificasse a presença e intensidade de sintomas de conteúdo religioso. O nível de significância estatística considerado foi p<0,01.
RESULTADO: Sintomas religiosos com grau de intensidade moderado a muito intenso estiveram presentes em 15,7% dos casos (n=28). Não foram encontradas relações significativas entre presença e intensidade de sintomas religiosos e as seguintes variáveis socioculturais: filiação religiosa, intensidade de prática religiosa e diagnóstico psiquiátrico. Foram encontradas correlações positivas entre presença e intensidade dos sintomas religiosos e sintomas do espectro maníaco.
CONCLUSÕES: O presente trabalho, embora de natureza exploratória e preliminar, sugere que se deva estudar com mais cuidado e profundidade as experiências religiosas de pacientes bipolares, particularmente a associação de vivências maníacas a vivências religiosas e místicas.
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Religião e uso de drogas por adolescentes
Dalgalarrondo, Paulo; Soldera, Meire Aparecida; Corrêa Filho, Heleno Rodrigues; Silva, Cleide Aparecida M. [Artigo] Rev. Bras. Psiquiatr. 26(2): 82-90, TAB. 2004 Jun.
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INTRODUÇÃO: Estudos internacionais e nacionais mostram que a religiosidade é um modulador importante no consumo de álcool e drogas entre estudantes adolescentes.
OBJETIVOS: verificar se diferentes variáveis da religiosidade influenciam o uso freqüente e/ou pesado de álcool e drogas entre estudantes de 1º e 2º graus.
MÉTODOS: Estudo transversal com uma técnica de amostragem do tipo intencional. Foi utilizado um questionário anônimo de autopreenchimento. A amostra foi constituída por 2.287 estudantes de escolas públicas periféricas e centrais e escolas particulares da cidade de Campinas, SP, entrevistados no ano de 1998. As drogas estudadas foram: álcool, tabaco, solventes, medicamentos, maconha, cocaína e ecstasy. As variáveis independentes incluídas na análise de regressão logística foram: filiação religiosa, freqüência de ida ao culto/missa por mês, considerar-se pessoa religiosa e educação religiosa na infância. Para identificar como as variáveis de religiosidade influenciam o uso de álcool e drogas utilizaram-se análises bivariadas e a análise de regressão logística para resposta dicotômica.
RESULTADOS: O uso pesado de pelo menos uma droga foi maior entre os estudantes que tiveram educação na infância sem religião. O uso no mês de cocaína e de "medicamentos para dar barato" foi maior nos estudantes que não tinham religião. O uso no mês de ecstasy e de "medicamentos para dar barato" foi maior nos estudantes que não tiveram educação religiosa na infância.
CONCLUSÕES: Várias dimensões da religiosidade relacionam-se com o uso de drogas por adolescentes, com possível efeito inibidor. Particularmente interessante foi que uma maior educação religiosa na infância mostrou-se marcadamente importante em tal possível inibição.
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Relações entre duas dimensões fundamentais da vida: saúde mental e religião
Dalgalarrondo, Paulo [Artigo] Rev. Bras. Psiquiatr. 28(3): 177-178, ND. 2006 Sep.
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Embora já tenhamos no Brasil grupos de pesquisa autônomos e produtivos, a colaboração entre pesquisadores brasileiros entusiasmados e inteligentes e pesquisadores norte-americanos e europeus com uma considerável bagagem em pesquisas empíricas é, possivelmente, um dos caminhos mais seguros para o crescimento e aperfeiçoamento da pesquisa em psiquiatria e saúde mental no País, principalmente para novas áreas de investigação. No presente número da Revista Brasileira de Psiquiatria, tem-se uma boa amostra desse tipo de colaboração fértil. Trata-se de revisão ampla, cuidadosa e crítica sobre as relações entre religião, saúde mental, bem estar psicológico e transtornos mentais. A presente revisão, por sua vez, é baseada num trabalho prévio, exaustivo e aprofundado, realizado pelos principais pesquisadores norte-americanos da área; Koenig, McCullough e Larson.1 Eles sintetizaram em seu livro o resultado de 850 artigos publicados ao longo do século XX. Além disso, esta revisão atualizada acrescenta novos trabalhos internacionais, publicados já no presente século e também alguns estudos brasileiros.
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O olhar dos psiquiatras brasileiros sobre os fenômenos de transe e possessão
Almeida, Angelica Aparecida Silva de; Oda, Ana Maria G. R.; Dalgalarrondo, Paulo [Artigo] Rev. Psiquiatr. Clín. 34(supl.1): 34-41, 2007.
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CONTEXTO: Os fenômenos de transe e possessão despertaram o interesse da comunidade psiquiátrica brasileira, gerando posturas diversificadas. OBJETIVOS: Descrever e analisar como os fenômenos de transe e possessão foram tratados pelos psiquiatras brasileiros: seu impacto na teoria, na pesquisa e na prática clínica entre 1900 e 1950. MÉTODO: Análise de artigos científicos e leigos, teses e livros sobre transes e possessões produzidos pelos psiquiatras brasileiros entre 1900 e 1950. RESULTADOS: Identificam-se duas correntes de pensamento entre os psiquiatras. A primeira, vinculada às Faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e São Paulo, sob forte influência de autores franceses, deteve-se mais na periculosidade do espiritismo para a saúde mental. Defendia a adoção de medidas repressivas com o poder público. O segundo grupo de psiquiatras, ligado às Faculdades de Medicina da Bahia e Pernambuco, embora não desconsiderasse o caráter patológico ou "primitivo" dos fenômenos de transe e possessão, apresentou uma visão mais antropológica e culturalista. Considerando tais fenômenos como manifestações étnicas ou culturais, alguns defenderam o controle médico e a educação do povo para o abandono dessas práticas "primitivas". Outros não consideravam os fenômenos mediúnicos como desencadeadores da loucura, mas manifestações não-patológicas de um universo cultural, além de não vinculá-los ao atraso cultural da população. CONCLUSÕES: As religiões mediúnicas foram objeto de estudo por longo período, resultando hipóteses e práticas diferenciadas por parte da comunidade psiquiátrica brasileira, constituindo-se oportunidade privilegiada para o estudo do impacto dos fatores socioculturais na atividade psiquiátrica.
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Estudos sobre religião e saúde mental realizados no Brasil: histórico e perspectivas atuais
Dalgalarrondo, Paulo [Artigo] Rev. Psiquiatr. Clín. 34: 25-33, ND. 2007.
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CONTEXTO: Há mais de um século, vários pesquisadores brasileiros têm estudado as relações entre religiosidade e transtornos mentais, mas estes trabalhos são pouco conhecidos atualmente.
OBJETIVOS: apresentar um panorama e uma análise crítica da produção sobre saúde mental e religião no Brasil.
MÉTODOS: análise das pesquisas de relevância histórica, assim como investigações contemporâneas sobre o tema saúde mental e religião no Brasil.
RESULTADOS: os trabalhos históricos foram iniciados no final do século XIX e muitos deles dedicam-se ao tema do messianismo e de formas coletivas de "loucura religiosa". Os trabalhos contemporâneos tratam de temas como religião, uso de álcool e drogas, assim como de uma variedade de condições clínicas, como esquizofrenia e suicídio. Falta a esta linha de pesquisa uma melhor articulação entre investigação empírica e análise teórica dos dados, assim como um diálogo mais próximo com ciências sociais, como a antropologia e a sociologia da religião.
CONCLUSÕES: há uma rica multiplicidade metodológica e de temas abordados nestes estudos sobre religiosidade e saúde mental. A busca de teorias para nortear as pesquisas empíricas e uma maior articulação com as ciências sociais poderão contribuir para uma maior avanço nesta área.
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Saúde mental, qualidade de vida e religião em idosos de um Programa de Saúde da Família
Floriano, Petterson de Jesus; Dalgalarrondo, Paulo [Artigo] J. Bras. Psiquiatr. 56(3): 162-170, ILUS, TAB. 2007.
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OBJETIVO: Avaliar as relações entre as dimensões da vida sociocultural, como rede social de apoio e religião, saúde mental e qualidade de vida (QV) em idosos de um Programa de Saúde da Família (PSF).
MÉTODOS: Avaliou-se uma amostra de 82 idosos (> 60 anos), cadastrados em um PSF. Foram descritos o perfil de saúde física e mental, a capacidade funcional e a qualidade de vida, assim como fatores demográficos, socioeconômicos e culturais associados a essas dimensões. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Inventário Sociodemográfico, Clínico e de Religiosidade, MINI, WHOQOL-bref e o Índice de Barthel.
RESULTADOS: Dos 82 idosos, 47 (57%) eram mulheres e 35 (43%) homens, porquanto 42 (51%) com de idade de 60 a 69 anos e 40 (49%) com idade de 70 anos ou mais. Por meio de modelos multivariados, identificou-se que a presença de transtornos mentais associa-se a morar só ou com apenas uma pessoa. Apresentaram uma pior QV os idosos que não recebem aposentadoria e que fizeram uso de benzodiazepínicos no último ano. A religião revelou-se dimensão importante associada à QV; em todos os domínios da WHOQOL-bref os idosos membros de igrejas evangélicas apresentaram piores escores.
CONCLUSÕES: O presente estudo evidencia que idosos com menores escolaridade e renda tendem a ter pior QV e saúde.
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