OBJETIVO: Avaliar as dimensões da qualidade de vida relacionada à saúde em idosos da comunidade e sua relação com a religiosidade organizacional (RO), religiosidade não organizacional (RNO) e religiosidade intrínseca (RI). MÉTODO:Estudo transversal de abordagem quantitativa, com amostra aleatória composta por 82 idosos cadastrados na Estratégia de Saúde da Família de Capoeiruçu, bairro do município de Cachoeira-BA, Brasil. RESULTADOS: O sexo feminino predominou, com 61,0%. A idade média foi (71±9,39). Nas oito dimensões da qualidade de vida, o escore variou entre 64,3 a 77,3. A RO foi 74,4% e a RNO foi de 89,1%. Para as questões sobre RI: sentir a presença de Deus, agir de acordo com suas crenças e se eles se esforçam para viver a religião em todos os aspectos da vida, encontraram-se percentuais de 95%, 90,2% e 84,2% respectivamente. Usando o teste do qui-quadrado, verificou-se que as "limitações por aspectos emocionais" foi a dimensão que recebeu maior influência de RO (X2= 11,539, p= 0,001, V de Cramer= 0,372), RNO (X2= 7,949, p= 0,005, V de Cramer= 0,309) e RI (X2= 5,126, p= 0,05, V de Cramer= 0,249). Constatou-se também influência positiva sobre as dimensões "limitações por aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, saúde mental e social". Nenhuma associação foi encontrada entre religiosidade e as dimensões "capacidade funcional" e "vitalidade". CONCLUSÕES: Infere-se que há associação positiva entre religiosidade nas três dimensões (RO, RNO e RI) e a qualidade de vida relacionada à saúde dos idosos.