Este artigo visa discutir possíveis relações entre religiosidade e saúde mental de imigrantes e suas implicações para a prática clínica de psiquiatras e psicólogos que os atendem em serviços especializados. Apresenta uma síntese analítica das principais questões apontadas na literatura concernente às relações entre religiosidade e saúde mental, articulando-as com a realidade específica do imigrante, bem como apontando a relevância desta questão no contexto contemporâneo e do modo como é percebido e elaborado pelos profissionais do campo psi. Conclui-se pela necessidade de mais pesquisas sobre o assunto, cuja discussão é praticamente inexistente ao longo da formação destes profissionais.