A presente pesquisa tem o objetivo de mostrar o serviço de assistência espiritual dentro de um hospital, como uma práxis libertadora, especialmente junto às pessoas que con-vivem com HIV/Aids. Toda enfermidade traz sofrimento, mas a pessoa que vive com HIV/Aids, experimenta uma dor mais profunda, que é o preconceito e a exclusão. As pessoas que recebem o resultado positivo do teste anti-HIV, reagem como se estivessem diante do seu atestado de óbito em vida, com dia e hora marcada para morrer. A vida desmorona, o chão some, a esperança desaparece e como que, de repente, dão conta que a vida é finita. Isto se dá porque, além da Aids ser uma doença incurável, ela traz também todo um estigma, conseqüência de uma construção social que gerou o preconceito, alimentado pela mídia e o discurso religioso. A pesquisa visa analisar o serviço de capelania hospitalar em nossos dias, e a encontrar caminhos que sugerem a solidariedade e o consolo aos pacientes, familiares e profissionais de saúde frente a essa epidemia, questionando essa construção social, geradora de preconceito, exclusão e morte. Outros assuntos abordados é o direito a saúde integral, as questões de gênero e o papel da religião frente a Aids. Capelania Hospitalar como práxis libertadora é mais que uma visitação hospitalar, é presença solidária, sendo parte integrante no tratamento e na garantia dos direitos e deveres dos pacientes vitimados pela doença, proporcionando uma espiritualidade sadia, geradora de vida.