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O(A) autor(a) Sanchez, Zila Van Der Meer possui 5 documento(s) registrado(s).
Razões que levam determinados jovens, mesmo expostos a fatores de risco, a não usarem drogas psicotrópicas
Sanchez, Zila Van Der Meer [Dissertação de Mestrado] Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de São Paulo. Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia; 2004.
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Embora os fatores de risco ao consumo de drogas sejam bastante conhecidos, ainda pouco se sabe a respeito dos motivos que mantêm jovens afastados desse consumo. Como a adolescência e a baixa condição sócio-econômica são consideradas como importantes fatores de risco, o objetivo desse estudo consistiu na identificação, entre adolescentes de baixo poder aquisitivo, não-usuários de drogas psicotrópicas e vivendo em locais com abundante oferta de drogas, os motivos que os impediram da experimentação. A fim de nos certificarmos da veracidade desses motivos de não-uso, investigamos sua ausência na vida de usuários de drogas. Além disso, foi solicitado a todos os entrevistados que citassem os possíveis fatores protetores que afastariam adolescentes do consumo de drogas. Assim, utilizou-se de metodologia qualitativa, dispondo-se então de amostra intencional selecionada por critérios. Sessenta e dois jovens, com idade entre 16 e 24 anos (30U e 32NU) foram entrevistados por intermédio de entrevista semi-estruturada. A disponibilidade de informações sobre drogas e uma estrutura familiar adequada e protetora foram observadas como as razões mais importantes no afastamento de jovens das drogas e de suas complicações. A ausência desses motivos na vida de usuários acaba por confirmar sua importância. A estrutura familiar também foi relatada como fator protetor, juntamente com a religiosidade, consistindo ambos nos fatores mais freqüentemente citados. A religiosidade é um fator de distinção de relevância entre NU e U, ou seja, enquanto 81% dos NU acreditam e praticam uma religião, apenas 13% dos usuários o fazem com a clara intenção de buscar na religiosidade um meio de abandonar as drogas. A distinção 19 entre os grupos quanto à religiosidade é estendida até a seus familiares, onde a prática e a crença religiosa são mais freqüentes entre os familiares de NU (74%) que de U (33%). Apesar dos resultados não poderem ser generalizados, a família, religiosidade e informação consistiram em importantes aspectos de diferenciação entre os grupos, atuando de maneiras inter-relacionadas, de forma a manter jovens afastados das drogas.
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Fatores protetores de adolescentes contra o uso de drogas com ênfase na religiosidade
Sanchez, Zila Van Der Meer; Oliveira, Lúcio Garcia de; Nappo, Solange Aparecida [Artigo] Ciên. Saúde Colet. 9(1): 43-55, 2004.
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Embora muitos estudos tenham retratado os fatores de risco ao uso de drogas, não tem sido dada a devida importância aos fatores de proteção, fundamentais para prevenção. Como o baixo nível socioeconômico é considerado fator de risco, o objetivo deste estudo foi identificar, entre adolescentes de baixo poder aquisitivo, quais seriam os fatores que pudessem preveni-los do consumo de drogas. Para essa investigação, adotou-se metodologia qualitativa e amostra intencional selecionada por critérios. Sessenta e dois jovens, usuários e não-usuários de drogas, foram submetidos à entrevista semi-estruturada. Entre os fatores protetores, a estrutura familiar e a religiosidade foram os mais freqüentemente citados. Quanto à religiosidade, foram observados os seguintes resultados: 81% dos não-usuários acreditam e praticam uma religião; entre os usuários, apenas 13% encontram-se nessa condição, atribuindo à prática religiosa um meio de abandono às drogas. Conclui-se que a religião pode ser um fator protetor relevante na amostra estudada, atuando como apoio na estruturação familiar e como importante fonte de informações.
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As práticas religiosas atuando na recuperação de dependentes de drogas: a experiência de grupos católicos, evangélicos e espíritas
Sanchez, Zila Van Der Meer [Tese de Doutorado/Livre Docência] Tese de Doutorado. Universidade Federal de São Paulo. Programa de Pós-Graduação em Psicobiologia; 2006.
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Objetivo: Compreender e elucidar procedimentos dos diversos tratamentos para dependência de drogas realizados por grupos religiosos, que não seguem os padrões médicos convencionais. Métodos: Utilizou-se de método qualitativo, empregando-se técnicas de entrevistas semi-estruturadas e observação participante, considerando a visão do fenômeno que têm os individuos que se submeteram a essas práticas religiosas. Registrou-se a percepção dos entrevistados sobre o tratamento religioso, uma vez que eram fonte rica de informação de um fenômeno por eles vivido intensamente. Resultados: Foram visitadas 21 instituições religiosas dos segmentos católico, protestante e espírita, nas quais foram contatados informantes-chave que permitiram a entrada e acesso à cultura e a 85 ex-usuários de drogas, submetidos a práticas religiosas no tratamento da dependência de drogas, que foram entrevistados em profundidade. Observou-se que a crise é o maior motivo de busca de tratamento, nos três grupos, sendo representada pela perda de família, emprego e sujeição a fortes humilhações. Os evangélicos foram os que mais utilizaram o recurso religioso como forma exclusiva de tratamento, apresentando forte repulsa ao papel do médico e qualquer tipo de tratamento farmacológico. Também foram os que descreveram maior intensidade da crise vivida, relacionada especialmente a drogas ilícitas. Os espíritas foram os que buscaram mais apoio terapêutico à dependência de drogas lícitas, simultaneamente a um tratamento convencional, justificado inclusive por serem o grupo de maior poder aquisitivo. Os católicos afirmaram terem buscado apoio no que já Ihes era conhecido, já que todos foram educados nesta religião. O que há de comum em todos os tratamentos é a importância dada à oração, conversa com Deus, como método de controle da fissura da droga, atuando como forte ansiolítico. Para evangélicos e católicos, a confissão e o perdão, através da conversão (fé) ou das penitências, respectivamente, exercem forte apelo à reestruturação da vida e aumento da auto-estima. Apesar de todos os entrevistados terem se vinculado a um tratamento religioso para dependência de drogas, a fé não foi o móvel inicial desta busca. Na realidade ela foi desenvolvida numa etapa posterior do tratamento, sendo uma decorrência dos sucessos observados em terceiros ou em sua própria recuperação paulatina. O que os manteve na instituição religiosa foi a admiração pelo acolhimento recebido, a pressão positiva do grupo e a oferta de reestruturação da vida com apoio incondicional dos líderes religiosos. Além disso, a religião Ihes oferece condições de refazer seus vínculos de amizade, através de diversas atividades ocupacionais voluntárias e, assim, facilitando o afastamento da droga e dos companheiros vinculados a ela. Conclusões: O tratamento religioso para dependência de drogas ganha espaço na saúde pública brasileira e compartilha responsabilidade com o serviço de saúde convencional. Tais intervenções são consideradas eficazes pelos indivíduos submetidos a elas e despertam a atenção destes pela forma humana e respeitosa pela qual são tratados. A maior potencialidade destes tratamentos está no suporte social do grupo que os recebe, no tratamento de igual para igual e no acolhimento imediato e sem julgamentos, mostrando que o sucesso destas ações não se esgota num possível aspecto "sobrenatural", como poder-se-ia supor, mas sim, em especial, na dedicação incondicional do ser - humano por seu semelhante.
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A religiosidade, a espiritualidade e o consumo de drogas
Sanchez, Zila Van Der Meer; Nappo, Solange Aparecida [Artigo] Rev. Psiquiatr. Clín. 34: 73-81, ND. 2007.
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CONTEXTO: A religiosidade e a espiritualidade vêm sendo claramente identificadas como fatores protetores ao consumo de drogas em diversos níveis.
OBJETIVO: A presente revisão da literatura pretendeu descrever os principais estudos científicos que tratam do papel da religiosidade no tratamento e na prevenção do consumo de drogas.
MÉTODO: As fontes citadas neste artigo de revisão são indexadas nas bases de dados PubMed e Scielo, entre 1976 e 2006, tratando de questões relativas à religiosidade, à espiritualidade e ao consumo de drogas.
RESULTADOS: Estudos têm apontado para evidência de que as pessoas que freqüentam regularmente um culto religioso, ou que dão relevante importância à sua crença religiosa, ou ainda que praticam, no cotidiano, as propostas da religião professada, apresentam menores índices de consumo de drogas lícitas e ilícitas. Além disso, os dependentes de drogas apresentam melhores índices de recuperação quando seu tratamento é permeado por uma abordagem espiritual, de qualquer origem, quando comparados a dependentes que são tratados exclusivamente por meio médico.
CONCLUSÕES: Devido ao forte papel de assistência social das religiões no Brasil, a exploração deste tema no contexto brasileiro seria de grande relevância para a saúde pública.
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Intervenção religiosa na recuperação de dependentes de drogas
Sanchez, Zila Van Der Meer; Nappo, Solange Aparecida [Artigo] Rev. Saúde Pública. 42(2): 265-272, ND. 2008 Apr.
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OBJETIVO: Analisar intervenções religiosas emergentes para recuperação da dependência de drogas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Estudo qualitativo exploratório realizado em São Paulo, SP, em 2004 e 2005. Foram conduzidas 85 entrevistas em profundidade com ex-usuários de drogas que haviam utilizado recursos religiosos não-médicos para tratar a dependência de drogas e estavam abstinentes há pelo menos seis meses. Os grupos religiosos analisados foram católicos, evangélicos e espíritas. As entrevistas continham questões sobre dados sociodemográficos, religiosidade do entrevistado, história do consumo de drogas, tratamentos médicos para dependência de drogas, tratamento religioso e prevenção ao consumo de drogas pela religião.
ANÁLISE DOS RESULTADOS: Houve diferenças no suporte ao dependente de drogas em cada grupo. Os evangélicos foram os que mais utilizaram a religião como forma exclusiva de tratamento, apresentando repulsa ao papel do médico e a qualquer tipo de tratamento farmacológico. Os espíritas foram os que buscaram mais apoio terapêutico à dependência de álcool, simultaneamente ao tratamento convencional, justificado pelo maior poder aquisitivo. Os católicos utilizaram mais a terapêutica religiosa exclusiva, mas relataram menos repulsa a um possível tratamento médico. A importância dada à oração como método ansiolítico era comum entre os três tratamentos. A confissão e o perdão – por meio da conversão (fé) ou das penitências, respectivamente para evangélicos e católicos – exercem apelo à reestruturação da vida e aumento da auto-estima.
CONCLUSÕES: Segundo os entrevistados, o que os manteve na abstinência do consumo de drogas foi mais do que a fé religiosa. Contribuíram para isso o suporte, a pressão positiva e o acolhimento recebido no grupo, e a oferta de reestruturação da vida com o apoio incondicional dos líderes religiosos.
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Realização
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Associação Médico-Espírita do Estado do Espírito Santo
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