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Escala de Coping Religioso-Espiritual (Escala Cre): tradução, adaptação e validação da escala Rcope, abordando relações com saúde e qualidade de vida
Panzini, Raquel Gehrke [Dissertação de Mestrado] Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento; 2004.
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OBJETIVOS: A importância do coping religioso espiritual (CRE) nas áreas da saúde e qualidade de vida (QV), e a falta de instrumentos brasileiros para avalia-lo são apontadas pela literatura científica. Este estudo objetivou realizar a versão brasileira da RCOPE Scale, gerando a Escala de Coping Religioso Espiritual (Escala CRE), e examinar a relação entre CRE, saúde e QV. MÉTODO: A primeira fase deste estudo compreendeu: tradução por especialistas da RCOPE, adaptação à cultura brasileira, teste piloto com 50 estudantes de nível médio e superior. A segunda abrangeu teste de campo e processo de validação. Os 616 participantes [65% mulheres, 13-DQRV p=18,44)], foram acessados em um dos seguintes locais que freqüentavam: instituições religiosas ou grupos espirituais (74,4%), universidades (13,5%), clínicas para tratamento de saúde (9,1%) e Web Mail (2,9%). Eles completaram vários instrumentos: Consentimento Livre/Esclarecido, Questionário Geral (questões demográficas, socioeconômicas, religiosas, de saúde), Escala CRE, Escala de Atitude Religiosa e WHOQOL-bref. RESULTADOS: Análises fatoriais geraram uma Escala CRE com duas dimensões: CRE Positivo (CREP) (8 fatores, 66 itens) e CRE Negativo (CREN) (4 fatores, 21 itens). Foram criados quatro índices principais para avaliar os respondentes: as médias CREP e CREN, os escores de CRE TOTAL e Razão CREN/CREP. A Escala CRE demonstrou validade de construto, critério, conteúdo e bons níveis de fidedignidade. Testes Qui-quadrado para Classificação Subjetiva de Saúde (7categorias) mostraram problemas de saúde (PS) físicos relacionados a altos escores de CRE TOTAL e baixos de Razão CREN/CREP; PS emocionais, acrescidos ou não de PS físicos, mostraram resultado inverso. Ainda, QV e CRE TOTAL estiveram positiva e significativamente correlacionados. O CREN esteve negativamente correlacionado à QV em grau maior do que o CREP esteve positivamente correlacionado com QV. Usando Testes t de Student, aqueles que tiveram altos escores de CRE TOTAL mostraram maiores níveis de QV em todos os domínios do WHOQOL-bref, além de maior Classificação Objetiva de Saúde (Likert 5-pontos). Ademais, aqueles que tiveram altos níveis de QV demonstraram maior uso de CREP e menor de CREN. CONCLUSÕES: A Escala CRE é válida e fidedigna, permite aplicação clínica e em pesquisas em locais para tratamento de saúde públicos ou privados. PS físicos podem ser motivadores e educadores do uso do CRE. PS emocionais podem dificultar um melhor uso do CRE, sugerindo que intervenções psicológicas poderiam facilitar o processo. Além disso, CRE e QV são construtos correlacionados. Uma proporção mínima de 2CREP:1CREN (Razão CREN/CREP menor/igual 0,5) foi proposta para se obter um efeito benéfico geral do CRE na QV. Evidências sugerem que intervenções focadas no processo de CRE poderiam ser benéficas e efetivas para agentes de saúde pública pelo seu potencial de reduzir custos de intervenções e pelo seu impacto significante na saúde e QV da população. Os próximos passos seriam: utilização de metodologias experimentais longitudinais para melhor avaliar os efeitos do CRE na saúde e na QV, elaboração de uma Escala CRE Abreviada, investigação aprofundada da influência da variável idade na relação CRE-Saúde e testes de proporção e causais, para verificar a direção da correlação, entre CRE e QV.
ciência, isso porque pesquisas vêm mostrando correlações positivas entre qualidade
de vida e fé. Nesse sentido, dados apontam que a religiosidade/espiritualidade de
um indivíduo pode afetar seu corpo, sua mente e sua interação com o meio em que
vive. A religiosidade/espiritualidade é vista como uma das possíveis estratégias de
coping (habilidade desenvolvida para o domínio de situações de estresse e
adaptação) apresenta bons resultados e é bastante utilizada comparada a outros
tipos de coping. Considerando os aspectos acima relacionados buscou-se com este
trabalho verificar a existência do coping religioso/espiritual em pacientes submetidos
a tratamento para o câncer. Para o desenvolvimento da pesquisa aplicou-se a
escala de coping religioso/espiritual em 30 voluntários submetidos ao tratamento do
câncer, com radioterapia, quimioterapia ou ambos. Estes pacientes permaneciam na
casa de apoio da União Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao Câncer
(UOPECCAN), Cascavel, Paraná. A análise dos dados mostrou maior utilização das
estratégias de coping religioso/espiritual do padrão positivo (M = 3,51; DP = 0,64; p =
0,001) do que negativo (M = 2,17; DP = 0,44; p = 0,001), independentemente do
sexo (feminino: M = 3,52; DP = 0,67; p = 0,90 e masculino: M = 3,49; DP = 0,63; p =
0,90 para coping positivo e feminino: M =2,27; DP = 0,45; p = 0,19 e masculino M =
2,06; DP = 0,42; p = 0,19, para coping negativo), demonstrando que a busca por
estratégias religiosa/espiritual foi realizada pela amostra. Discute-se a importância
da compreensão do fator religiosidade/espiritualidade no tratamento fisioterapeutico,
para redução no risco de insucesso, utilização desse dado a favor do paciente
tornando o processo terapêutico mais adequado à demanda do paciente.
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Escala de coping religioso-espiritual (Escala CRE): elaboração e validação de construto
Panzini, Raquel Gehrke; Bandeira, Denise Ruschel [Artigo] Psicol. Estud. 10(3): 507-516, 2005.
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O coping religioso-espiritual (CRE), que descreve o modo como os indivíduos utilizam sua fé para lidar com o estresse, tem se mostrado associado com melhores índices de qualidade de vida e saúde física e mental. O objetivo deste artigo foi relatar a elaboração e o processo de validação de construto da Escala de Coping Religioso-Espiritual (Escala CRE), primeiro instrumento de avaliação de CRE do Brasil, com base na escala norte-americana RCOPE (Pargament, Koenig & Perez, 2000). O estudo foi realizado em duas fases: (1) tradução, adaptação e teste piloto (N=50), (2) teste de campo (N=616) e validação de construto. Análises fatoriais, de consistência interna e de correlação indicaram que a Escala CRE é válida e fidedigna, avaliando aspectos positivos e negativos do uso da religião/espiritualidade para manejo do estresse e constituindo-se em um instrumento compreensivo, teórica e empiricamente embasado, funcionalmente orientado, clinicamente significativo e útil a várias áreas da pesquisa científica.
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Qualidade de vida e espiritualidade
Panzini, Raquel Gehrke; Rocha, Neusa Sica da; Bandeira, Denise Ruschel; Fleck, Marcelo Pio de Almeida [Artigo] Rev. Psiquiatr. Clín. 34(supl.1): 105-115, 2007. tab.
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CONTEXTO: A espiritualidade tem sido apontada como uma importante dimensão da qualidade de vida. OBJETIVO: Apresentar revisão de literatura sobre qualidade de vida e espiritualidade, sua associação e instrumentos de avaliação. MÉTODO: Busca do tema-título nas bases de dados PsycINFO e PubMed/Medline entre 1979 e 2005. RESULTADOS: A qualidade de vida é um conceito recente, que engloba e transcende o conceito de saúde, sendo composto de vários domínios ou dimensões: física, psicológica, ambiental, entre outras. Considerada a medida que faltava na área da saúde, tem sido definida como a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Há indícios consistentes de associação entre qualidade de vida e espiritualidade/religiosidade, por meio de estudos com razoável rigor metodológico, utilizando diversas variáveis para avaliar espiritualidade (por exemplo: afiliação religiosa, oração e coping religioso/espiritual). Também existem vários instrumentos de qualidade de vida válidos e fidedignos que avaliam a dimensão espiritual/religiosa. CONCLUSÕES: Novos estudos são necessários, entretanto, especialmente no Brasil. Tais estudos proverão dados empíricos a serem utilizados no planejamento de intervenções em saúde espiritualmente embasados, visando a uma melhor qualidade de vida.
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Coping (enfrentamento) religioso/espiritual
Panzini, Raquel Gehrke; Bandeira, Denise Ruschel [Artigo] Rev. Psiquiatr. Clín. 34(supl.1): 126-135, 2007. tab.
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CONTEXTO: O coping religioso/espiritual (CRE), pouco estudado no Brasil, está associado à saúde e à qualidade de vida (QV). OBJETIVO: Apresentar revisão de literatura sobre CRE, enfocando sua base teórica, avaliação e aplicação na prática clínica. MÉTODO: Pesquisa nas bases de dados Medline, PsycINFO, Scielo e Bireme/BVS entre 1979 e 2006. RESULTADOS: O CRE é o uso da religião, espiritualidade ou fé para lidar com o estresse. Estratégias de CRE, conforme conseqüências que trazem para quem as utiliza, podem ser classificadas como positivas ou negativas, estando geralmente associadas, respectivamente, a melhores ou piores resultados de saúde física/mental e QV. Evidências apontam que as pessoas utilizam CRE especialmente em situações de crise e, também, mais CRE positivo que negativo. Existem cinco estilos de CRE: autodireção, colaboração, delegação, súplica e renúncia. CONCLUSÕES: Instrumentos como RCOPE e Escala CRE podem ajudar na avaliação espiritual do paciente, na pesquisa e no planejamento de intervenções psicoespirituais enfocando o processo de CRE. Estas podem ser efetivas, ajudando os pacientes a mais bem utilizar um importante recurso disponível, com significativo impacto na saúde e na QV populacional, e reduzindos custos de intervenção em termos de saúde pública. Assim, o estudo do CRE mereceria ser incluído na formação dos profissionais da saúde.
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Validação brasileira do Instrumento de Qualidade de Vida/espiritualidade, religião e crenças pessoais
Panzini, Raquel Gehrke; Maganha, Camila; Rocha, Neusa Sica da; Bandeira, Denise Ruschel; Fleck, Marcelo Pio de Almeida [Artigo] Rev. Saúde Pública. vol.45 no.1 São Paulo Feb. 2011.
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OBJETIVO: Analisar propriedades psicométricas do Instrumento de Qualidade de Vida da Organização Mundial da Saúde - Módulo Espiritualidade, Religiosidade e Crenças Pessoais (WHOQOL-SRPB).
MÉTODOS: O WHOQOL-SRPB, a Escala de Coping Religioso/Espiritual Abreviada (CRE-Breve), o WHOQOL-Breve e o BDI foram consecutivamente aplicados em amostra de conveniência de 404 pacientes e funcionários de hospital universitário e funcionários de universidade, em Porto Alegre, RS, entre 2006 e 2009. A amostra foi estratificada por sexo, idade, estado de saúde e religião/crença. O reteste dos dois primeiros instrumentos foi realizado com 54 participantes. Análises fatoriais exploratórias do WHOQOL-SRPB pelo método dos componentes principais foram realizadas sem delimitar o número de fatores, solicitando oito fatores e em conjunto com os itens do WHOQOL-Breve.
RESULTADOS: O WHOQOL-SRPB em português brasileiro (Domínio SRPB-Geral) apresentou validade de construto, com validade discriminativa entre crentes de não-crentes (t = 7,40; p = 0,0001); validade relacionada ao critério concorrente, discriminando deprimidos de não-deprimidos (t = 5,03; p = 0,0001); validade convergente com o WHOQOL-Breve (com físico r = 0,18; psicológico r = 0,46; social r = 0,35; ambiental r = 0,29; global r = 0,23; p = 0,0001) e com o Domínio SRPB do WHOQOL-100 (r = 0,78; p = 0,0001); e validade convergente/discriminante com a Escala CRE-Breve (com CREpositivo r = 0,64; p = 0,0001/CREnegativo r = -0,03; p = 0,554). Observou-se excelente fidedignidade teste-reteste (t = 0,74; p = 0,463) e consistência interna (a = 0,96; correlação intrafatorial 0,87 > r > 0,60, p = 0,0001). As análises fatoriais exploratórias realizadas corroboraram a estrutura de oito fatores do estudo multicêntrico do WHOQOL-SRPB.
CONCLUSÕES: O WHOQOL-SRPB em português brasileiro apresentou boas qualidades psicométricas, sendo válido e fidedigno para uso no Brasil. Sugerem-se novos estudos com populações específicas, como diferentes religiões, grupos culturais e/ou doenças.
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Realização
Departamento de Arquivologia
Associação Médico-Espírita do Estado do Espírito Santo
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