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O(A) autor(a) Lotufo Neto, Francisco possui 8 documento(s) registrado(s).
Psiquiatria e religiao: a prevalencia de transtornos mentais entre ministros religiosos
Lotufo Neto, Francisco [Tese de Doutorado/Livre Docência] Tese de Livre Docência. Universidade de São Paulo; 1997.
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O campo é vasto e foi necessário delimitá-lo. Optou-se pelos estudos psiquiátricos a respeito da religião que tiveram a preocupação de testar uma
hipótese, de estudar a relação entre transtornos mentais e religião de forma empírica. Por isso, deixou-se de lado imensa quantidade de literatura muito rica, mas contendo apenas reflexões e opiniões a respeito. Este trabalho divide-se em duas partes. Na primeira, uma introdução sobre os principais conceitos acerca de religião, espiritualidade e fé, além de definir os diferentes tipos do uso da expressão saúde mental. A seguir examinou-se as características da religião saudável, comparando-as com as da religião que pode ser prejudicial à saúde mental. Apresentou-se os diferentes mecanismos pelos quais a religião pode influenciar á saúde e detalhou-se o que os trabalhos mostram sobre a relação entre religião, saúde física, bem estar e os diferentes transtornos mentais. Os problemas metodológicos do estudo da religião na psiquiatria foram abordados e as principais recomendações encontradas na literatura detalhadas. Na segunda parte, resumiu-se a literatura sobre transtornos mentais em ministros religiosos, ficando evidente que o tema foi muito pouco estudado. Os trabalhos são antigos, de muito antes do início de cuidados como critérios e instrumentos diagnósticos. Examinou-se também a literatura sobre os fatores de estresse na vida do sacerdote. Para investigar a prevalência de transtornos mentais entre ministros religiosos cristãos, não católicos moradores da cidade de São Paulo, 750 questionários contendo o “Self-Report Psychiatric Screening Questionnaire (SRQ-20)” e o “Inventário da Vida Religiosa” foram enviados pelo correio. Das 207 respostas, quarenta foram sorteados e convidados para uma entrevista com o “Schedules for Clinical Assessment in Neuropsychiatry” (SCAN) e uma entrevista aberta visando responder à Escala para Gravidade de Estressores (eixo IV do DSM-III-R). A prevalência de transtornos mentais no mês que precedeu a entrevista foi de 12.5%, e 47% receberam um diagnóstico quando a vida toda foi considerada. Os principais diagnósticos foram Transtornos Depressivos (16.4%), Transtornos do Sono (12.9%) e Transtornos Ansiosos (9.4%). Religiosidade do tipo Intrínseco foi associada com saúde mental. Problemas financeiros, problemas com outros pastores, conflitos com os líderes leigos da igreja, dificuldades conjugais, problemas doutrinários na igreja e sobrecarga de trabalho foram os fatores de estresse identificados mais importantes.
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Núcleo de estudos de problemas espirituais e religiosos (Neper)
Moreira-Almeida, Alexander; Hyong, Jin Cho; Amaro, Jorge W. F.; Lotufo Neto, Francisco [Artigo] Rev. Psiquiatr. Clín. 27(2): 113-5, mar.-abr. 2000.
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As dimensões espirituais e religiosas da cultura estão entre os fatores mais importantes que estruturam a experiência humana, as crenças, os valores, o comportamento e os padrões de adoecimento (Lukoff, 1992; Sims, 1994; Amaro, 1996; Weaver, 1998). Apesar disso, a psiquiatria, em
seus sistemas diagnósticos, bem como em sua teoria, pesquisa e prática, tende a ignorar ou a considerar patológicas as dimensões religiosas e espirituais da vida (Lukoff, 1992; King, 1998). Assim como a religiosidade é tradicionalmente vista de modo negativo pela psiquiatria, as experiências
místicas e espirituais são tidas como evidências de psicopatologia (Lukoff, 1992).
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Diretrizes metodologicas para investigar estados alterados de consciencia e experiencias anomalas
Moreira-Almeida, Alexander; Lotufo Neto, Francisco [Artigo] Rev. Psiquiatr. Clín. 30(1): 21-28, 2003.
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As experiências anômalas (EA) (vivências incomuns ou que se acredita diferentes do habitual e das explicações usualmente aceitas como realidade: alucinações, sinestesia e vivências interpretadas como telepáticas...) e os estados alterados de consciência (EAC) são descritos em todas as civilizações de todas as eras, constituindo-se elementos importantes na história das sociedades. Apesar disso, têm recebido pouca atenção da comunidade científica, ou são abordados de forma pouco rigorosa. As EA e os EAC podem ser estudados sem que se compartilhem as crenças envolvidas, sendo possível investigá-los enquanto experiências subjetivas e, como tais, correlacionados com quaisquer outros dados. Neste artigo, procurou-se apresentar algumas diretrizes metodológicas para um estudo rigoroso do tema, entre elas: evitar uma abordagem preconceituosa e a "patologização" do diferente, a necessidade de uma teoria e de uma revisão exaustiva da literatura existente, utilizar diversos critérios de normalidade e patologia, investigar populações clínicas e não clínicas, desenvolvimento de instrumentos adequados para avaliação, cuidados na escolha dos termos e no estabelecimento de nexos causais, distinguir entre a experiência vivenciada e suas interpretações, considerar o papel da cultura, avaliar a confiabilidade e a validade dos relatos, por fim, o desafio gerado pela necessidade de criatividade e diversidade na escolha dos métodos.
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A mediunidade vista por alguns pioneiros da área mental
Moreira-Almeida, Alexander; Lotufo Neto, Francisco [Artigo] Rev. Psiquiatr. Clín. 31(3): 132-141, 2004.
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As vivências tidas como mediúnicas são descritas na maioria das civilizações e têm um grande impacto sobre a sociedade. Apesar de ser um tema pouco estudado atualmente, já foi objeto de intensas investigações por alguns dos fundadores da moderna psicologia e psiquiatria. Foi revisado o material produzido por Janet, James, Myers, Freud e Jung a respeito da mediunidade, com ênfase em dois aspectos: suas causas e relações com psicopatologia. Esses pesquisadores chegaram a três conclusões distintas. Janet e Freud associaram mediunidade com psicopatologia e a uma origem exclusiva no inconsciente pessoal. Jung e James aceitavam a possibilidade de um caráter não-patológico e uma origem no inconsciente pessoal, mas sem excluírem em definitivo a real atuação de um espírito desencarnado. Por fim, Myers associou a mediunidade a um desenvolvimento superior da personalidade e tendo como causa um misto entre o inconsciente, a telepatia e ação de espíritos desencarnados. Como conclusão, é apontada a necessidade de se conhecer os estudos já realizados para dar continuidade nessas investigações em busca de um paradigma realmente científico sobre a mediunidade.
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Prece intercessória
Moreira-Almeida, Alexander; Lotufo Neto, Francisco [Artigo] Einstein: Educ. Contin. Saúde. Carta ao Editor. 2(2);162-3. 2004.
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Prezado Editor. Primeiramente gostaríamos de parabenizá-lo pela iniciativa e esmero na qualidade da revista einstein. Há várias seções interessantes, inclusive a “Está Publicado!”, sobre “inusitadas proposições na área da saúde”(1). No entanto, deve-se ter cautela para não confundir o “inusitado”, que significa “não usual” e pode até ser uma virtude, com “pseudociência” ou “pérolas” que escapam da vigilância de um sistema de revisão por pares(2), o que possui uma conotação pejorativa.
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Religiosidade e saúde mental: uma revisão
Moreira-Almeida, Alexander; Lotufo Neto, Francisco; Koenig, Harold G. [Artigo] Rev. Bras. Psiquiatr. 28(3): 242-250, set. 2006.
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OBJETIVO: A relação entre religiosidade e saúde mental tem sido uma perene fonte de controvérsias. O presente artigo revisa a evidência científica disponível sobre a relação entre religião e saúde mental. MÉTODO: Os autores apresentam os principais estudos e as conclusões de uma revisão sistemática abrangente dos estudos sobre a relação religião-saúde mental. Utilizando-se de várias bases de dados, a revisão identificou 850 artigos publicados ao longo do século XX. O presente artigo também inclui uma breve contextualização histórica e metodológica, além de uma atualização com artigos publicados após 2000 e a descrição de pesquisas conduzidas no Brasil. DISCUSSÃO: A ampla maioria dos estudos de boa qualidade encontrou que maiores níveis de envolvimento religioso estão associados positivamente a indicadores de bem estar psicológico (satisfação com a vida, felicidade, afeto positivo e moral mais elevado) e a menos depressão, pensamentos e comportamentos suicidas, uso/abuso de álcool/drogas. Habitualmente, o impacto positivo do envolvimento religioso na saúde mental é mais intenso entre pessoas sob estresse (idosos, e aqueles com deficiências e doenças clínicas). Mecanismos teóricos da conexão religiosidade-saúde mental e as implicações clínicas destes achados são discutidos. CONCLUSÕES: Há evidência suficiente disponível para se afirmar que o envolvimento religioso habitualmente está associado a melhor saúde mental. Atualmente, duas áreas necessitam de maior investimento: compreensão dos fatores mediadores desta associação e a aplicação deste conhecimento na pratica clínica.
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Uso de práticas espirituais em instituição para portadores de deficiência mental
Leão, Frederico Camelo; Lotufo Neto, Francisco [Artigo] Rev. Psiquiatr. Clín. 34: 54-59, GRA, TAB. 2007.
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OBJETIVO: Avaliar o impacto de práticas espirituais na evolução clínica e comportamental de pacientes portadores de deficiência mental internados em instituição de saúde.
MÉTODO: Ensaio controlado comparando grupo experimental submetido à prática espiritual com grupo controle. O instrumento utilizado para obtenção dos dados foi a Escala de Observação Interativa de Pacientes Psiquiátricos Internados (EOIPPI).
RESULTADOS: A comparação do grupo controle (n = 20) com o grupo experimental (n = 20) verificou a diferença de variação entre os grupos (p = 0,045), demonstrando possíveis benefícios de tal intervenção.
CONCLUSÕES: A análise dos resultados obtidos no experimento confirmou a hipótese de que o uso das práticas espirituais apresenta resultados positivos na evolução clínica e comportamental de pacientes portadores de deficiência mental.
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Versão em português da Escala de Religiosidade da Duke: DUREL
Moreira-Almeida, Alexander; Peres, Mario Fernando Prieto; Aloe, Flávio; Lotufo Neto, Francisco; Koenig, Harold G. [Artigo] Rev. Psiquiatr. Clín. 35(1): 31-32, ND. 2008.
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As relações entre religiosidade e saúde têm sido cada vez mais investigadas e as evidências têm apontado para uma relação habitualmente positiva entre indicadores de envolvimento religiosos e de saúde mental (Moreira-Almeida et al., 2006). Como a maioria dos estudos disponíveis na área foi realizada nos Estados Unidos, há uma necessidade de replicação em outras culturas. Tendo como um dos objetivos a ampliação das pesquisas em espiritualidade e saúde em nosso meio, a Revista de Psiquiatria Clínica publicou recentemente um suplemento especial com esse tema (Moreira-Almeida, 2007). No entanto, uma limitação ao desenvolvimento de mais pesquisas em países de língua portuguesa é a carência de escalas de religiosidade que sejam curtas, simples e que forneçam dados relevantes. Com o objetivo de suprir essa carência, apresentamos uma versão em português de uma breve escala de religiosidade que se tem mostrado muito útil em outras pesquisas, a Duke Religious Index (DUREL) (Koenig et al., 1997).
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Realização
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Associação Médico-Espírita do Estado do Espírito Santo
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