A palavra auto-estima vem sendo utilizada por tantos e de forma tão diferenciada, tornando difícil uma definição abrangente, coerente e precisa. Este estudo tem como objetivos: Analisar a auto-estima das mulheres no processo de envelhecimento, a partir da sua narrativa; Interpretar esta narrativa à luz da Teoria de Roy, em especial do modo adaptativo de autoconceito, propondo uma intervenção de Enfermagem para uma velhice saudável; Identificar as atitudes positivas e negativas das mulheres idosas, a partir do seu discurso; Descrever os mecanismos utilizados pela mulher idosa para manter-se satisfeita consigo própria; Verificar os possíveis mecanismos de enfrentamento que a mulher idosa utiliza para lidar com as dificuldades de sua vida; Propor estratégias de intervenções do Enfermeiro que contribuam para a auto-estima da mulher idosa. A população foi composta por vinte idosas, acima de sessenta anos, de um Programa de Saúde da Família de Petrópolis. A coleta de dados foi realizada no período de dezembro de 2005 a fevereiro de 2006, tendo sido interpretados à luz da teoria de Roy. Foram identificadas as seguintes categorias: I) Relacionando a auto-estima e a satisfação pessoal, com as sub-categorias Sentindo-se feliz por estar no seio da família, Percebendo-se valorizadas por ser solidária com as outras pessoas, e Sentindo-se bem por desenvolver atividades prazerosas; 2) Identificando a solidão como sentimento depreciativo à auto-estima; 3) Apreciação do corpo- Relacionando auto-estima e auto-imagem; 4) Dificuldades encontradas no cotidiano, com as sub-categorias Relacionando a auto-estima com a situação financeira, Relacionando auto-estima com a convivência intergeracional e Perda de entes queridos; 5) Encontrando na espiritualidade a sua paz interior, e, 6) Identificando o trabalho da Enfermeira como estimulador da auto-estima. Os resultados revelaram uma relação próxima e pertinente entre os achados e a teoria de Roy.